Supervacinação X Novas Diretrizes Vacinais: entenda a questão.

Nós nos vacinamos em dados momentos e algumas vacinas nunca mais são repetidas. Então porque vacinamos todos os anos nossos peludos? Já pensou nisso?
A primeira resposta que vem a nossa cabeça é: vacinamos porque é necessário, para evitar doenças, mante-los saudáveis e blablablá...
Isso foi o que nos transmitiram e tomamos isso como verdade (é o que a esmagadora maioria de veterinários fala e que o próprio Ministério da Saúde reafirma).
Acontece que, desde de o ano de 2010, grandes pesquisadores da área de imunologia e patologia veterinária jogaram essa teoria por terra, pautados nos conceitos de Medicina Baseada em Evidencias. Através de muitas pesquisas, com resultados comprovados, começou-se a perceber que não apenas nos humanos, mas também nos animais, estão crescendo casos de alergias, câncer e uma série de doenças que tem relação direta com a desorganização do sistema imunológico. Daí começou-se a identificar as possíveis causas disso e entre elas está a hiperestimulação ou superestimulação do sistema imunológico por vacinações constantes e totalmente desnecessárias.
 É necessário saber que o sistema de defesa ou imunológico "memoriza" quando um organismo se expõe a um dado agente por um determinado tempo, ou as vezes, por toda a vida. Então, as pesquisas se concentraram na seguinte questão: se existem anticorpos de determinada doença no organismo de um animal é porque ele está infectado/ teve exposição recente - ele necessita de tratamento específico (não é vacina) o quanto antes; ou ele criou imunidade dada uma exposição anterior(que pode ser também através da vacinação e não da doença propriamente dita) e mantém um dado nível de anticorpos circulando em seu sangue - logo ele não precisa de vacina!
Os pesquisadores diferenciam essas situações pelo IgM ( Imunoglobulina M, que é produzida na fase aguda ou durante a infecção) e pelo IgG (Imunoglobulina G que é produzida na fase de infecção, mas perdura por mais tempo, ou toda a vida).
Diante disso, conseguiram criar um teste (Vaccinecheck) que detecta esses anticorpos e assim, podemos saber como está a imunidade do animal para cada tipo de doença - Raiva, Cinomose e Hepatite por exemplo. No Brasil, a legislação nos obriga a vacinar anualmente cães e gatos contra a Raiva, embora o governo nem sempre ofereça a vacina gratuitamente. 
Para se ter ideia, a imunização para esta doença pode chegar a 5 ou até 9 anos, pasmem. Já outras doenças podem chegar a 3 ou 6 anos. 
Isso significa dizer que estamos vacinando desnecessariamente nossos peludos. E que muitas das vezes que eles apresentam reações (sarcoma vacinal, cegueira, problemas neurológicos, etc), não raro, a última coisa a acontecer é associar que foi por causa de uma vacina, que poderia ter sido feita futuramente, quando estritamente necessário - levamos o animal a morte ou a sequelas graves.
A utilidade do teste não termina aí, vai muito além! Serve para verificar se após a primeira bateria de vacinas pelas quais o filhote passa, este realmente ficou imunizado(existe casos em que a vacina não ativa o sistema imunológico adequadamente e é necessário revacinar - isso se dá por razões genéticas na maioria das vezes); o teste favorece a identificação de animais em abrigo - separando os potencialmente infectados dos que já possuem uma boa condição imunológica; é útil para avaliar a imunidade de recém resgatados e por fim, serve de parâmetro para animais que tiveram reações a determinadas vacinas, ou que tem a propensão de sofrerem com reações a qualquer tipo de esquema vacinal - daí a análise de um veterinário é importante para se saber como proceder com esse peludo especial, já que revacinações anuais podem ser até mesmo fatais para ele.

Pesquise e se informe!

Sites de referencia:
http://www.blog.bichointegral.com.br/2014/05/vaccicheck-testando-os-anticorpos-do.html
http://www.wsava.org/guidelines/vaccination-guidelines
http://www.cachorroverde.com.br/vacinar-e-importante-se-educar-a-respeito-de-vacinas-tambem-e/


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