Produtos transgênicos aniquilam polinizadores

Muito provavelmente você já deve ter assistido a animação que encantou vários adultos e não apenas as crianças ao redor do mundo, contando a saga das abelhas: Bee Movie.
Nesse filme, o colapso da produção de mel resultou em eventos em cadeia, como a mortandade de dezenas de espécies de plantas e escassez de frutas e legumes, enfim, colapso também para a alimentação de outros animais, incluindo o homem.

Isso não foi apenas uma situação fictícia, para compor um enredo de filme. Já é sabido e comprovado que abelhas, besouros, beija-flores e tantos outros animais que polinizam as flores, estão morrendo ao redor de todo o mundo, sendo esse impacto,logo percebido pelos extrativista de mel que "perderam suas"  colmeias numa velocidade estrondosa(não considero o termo "produtores de mel", pois na verdade o homem extrai/rouba/toma o mel das abelhas).

Esse colapso recebeu o nome de DCC - Desordem de Colapso de Colônia, sendo causado tanto pelas culturas transgênicas, quanto por agrotóxicos, cada vez mais potentes. Essas colmeias podem morrer por exemplo, até 3 ou 4 horas após a aplicação de um agrotóxico. Claro que a diminuição de abelhas já foi registrada antes, mas nunca em tamanha quantidade e em escala mundial!

Precisamos entender a fundo os males que os transgênicos podem causar. Não existem muitas pesquisas no Brasil a respeito disso e lá fora, as pesquisas não tendenciosas ganham a repulsa dos grandes laboratórios produtores dos transgênicos ou de pesticidas que complementam a sua "função".
Veja parte do artigo publicado no site da UNICAMP por Flávia Londres, intitulado "Transgênicos no Brasil: as verdadeiras consequências" e pergunte a si mesmo o que o ser humano anda fazendo com o planeta - se não apenas brincar de "Deus":

"É importante termos ciência de quais são os transgênicos que estão no mercado atualmente – exatamente os mesmos que as empresas de biotecnologia (como a Monsanto e a Syngenta)[2] e o governo brasileiro querem introduzir no Brasil.

Existem hoje, basicamente, quatro cultivos transgênicos sendo plantados comercialmente, todos de exportação: soja, milho, algodão e canola. Esses transgênicos, desenvolvidos pelo pequeno grupo de indústrias de biotecnologia (que englobam a produção de sementes, agrotóxicos e fármacos) que dominam o mercado mundial, foram desenvolvidos para resistir a herbicidas e/ou para matar insetos.

Explicando melhor: 77% dos transgênicos cultivados atualmente apresentam, como diferencial, a característica de serem resistentes a herbicidas (agrotóxicos que matam mato). Nada mais. Ou seja, se antes o agricultor precisava utilizar o agrotóxico com cuidado, sob risco de danificar a própria lavoura, com os cultivos resistentes a herbicidas ele pode pulverizar o produto à vontade, sobre a lavoura, que todas as plantas morrerão, salvo a cultura transgênica. Notem que a empresa que desenvolveu e vende a semente transgênica é a mesma que produz e vende o agrotóxico.

Outros 15% dos transgênicos são os chamados cultivos Bt, que tiveram inseridos em seu código genético genes de uma bactéria, chamada Bacillus thuringiensis[3], que produz toxinas inseticidas. Dessa forma, os cultivos Bt são plantas inseticidas. Quando o inseto-alvo, por exemplo, a lagarta do cartucho (que ataca lavouras de milho), se alimenta de qualquer parte da planta Bt, ela morre. Nada mais.

Os 8% restantes dos transgênicos existentes no mundo combinam as duas características citadas acima: resistência a herbicidas e propriedades inseticidas.

Ou seja, os transgênicos desenvolvidos até hoje não foram desenvolvidos para serem mais produtivos. Foram desenvolvidos para resistir a herbicidas e/ou para matar insetos."

Agora é possível perceber como a coisa ganha dimensões enormes. Além de estarmos contribuindo para a morte e o envenenamento dos polinizadores, estamos nos envenenando também, e a todos os demais seres vivos que nos cercam - cada vez que ingerimos algo, qualquer que seja, transgênico. Os transgênicos são nocivos para a saúde, para o meio ambiente e para a economia de maneira geral.

É preciso incluir no hall de estratégias de proteção animal o boicote a esses produtos e grãos, assim como aumentar a divulgação deste grande desastre em curso, que acarretará falta de alimentos, ou seja, mais fome e miséria, em escala mundial. 
Porque o Brasil(e o resto do mundo) está investindo nisso? A que custo estamos nos envenenando e a todo o planeta?
Reflita.

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